[Para os baianos Alex Simões e Monique Cavalcanti]
É que lá os nativos
dançam e cantam
o samba.
E de camisa aberta
e certa calça
americana,
sempre rindo
e sempre
Gabriela
trepa
no telhado.
E eu agora
errante,
errado,
onde trepo?
Poeta SIMÕES
Alex baiano,
tem dado um pulo
a Feira
de Santana?
Lá se foi o tempo
qu’eu queimava coco
de cabrito,
cortava uma breja,
cheirava o alcaloide
no bar
do karaokê;
Ontem mesmo
falei com B.,
que é bandido.
Mas nunca mais
aperto
a mão de C.,
o tal que manda
matar.
&
na gaveta,
dormindo sob contas e poemas,
o revólver aguarda.