Foi num belo dia em que o sol brilhava mais do que o necessário e o vento estava tão manso como águas de um remanso que Sara e Carlos se conheceram e trocaram as primeiras palavras. Carlos estava sentado embaixo de uma árvore que ficava ao lado do colégio, com a cabeça baixa e os olhos fixos no livro O Caçador de Tatu, de Rachel de Queiroz. Quando Jussara se aproximou dele e, sem nenhuma timidez, perguntou: “ O que você está lendo, menino? ”. Carlos, meio sem jeito, tirou os olhos do livro e colocou-os na direção da voz que bateu em seus ouvidos como o canto da patativa, e, com um forte suspiro, respondeu: “O Caçador de Tatu. É o livro de Rachel de Queiroz de que mais gosto, porque…”