Tecer, em cânhamo e seda, os labirintos fantásticos
de meio ponto, de sombra
e crivos, dos inventados, os mais ousados.
Amaciar, tempo afora, travesseiro, cama, colo (que das plumas acrescidas
aos cuidados e cantigas
nasçam o descanso, o ócio
e a substância dos sonhos).
Às alfaias e às louças acrescentar
bacias de água do mar.
Para que se lavem as mágoas, para que se curem os cortes
e onde brinquem os amados
de inventar as viagens.
E que assim seja: das tramas mais desusadas
e das argilas distantes
inconcluso a vida inteira – o enxoval dos amantes.