Meus olhos testemunham
a invisibilidade das ondinas,
a lenta morte dos arrecifes
e os canhões de Amaralina.
Vou, a passo gnominado,
pisando a areia fina
da praia.
Pombas sobrevoam
os canhões de Amaralina.
Parece a vida estar completa
na paz que o azul ensina.
A brisa ilude a vigilância
dos canhões de Amaralina.
Nem tua ausência, amor, perturba
esta alegria matutina
onde só há o claro e o suave…
(E os canhões de Amaralina?).
Tudo está certo: mar, coqueiros,
aquela nuvem pequenina…
Mas – o que querem na paisagem
os canhões de Amaralina?