Para o menino sem nome, nada mais era de se estranhar no mundo dos sentidos. A cura do cão, tão rápida, para ele já não era uma coisa anormal. Naquelas terras onde cego enxergava e havia um rio que assombrava, tudo poderia acontecer.
Hermes, que estava um pouco adiantado, parou, talvez para anunciar que havia achado alguma coisa que seria do interesse do seu companheiro.
O menino sem nome caminhava bem distraído, talvez ainda pensando em tudo o que ele já havia visto em tão pouco tempo. O calor intenso, em quando em quando, fazia com que ele repassasse uma das mãos pela cabeça para tirar o suor que ia descendo pela testa.
Hermes foi esbarrar em um poço cuja água era tão barrenta quanto a poeira da estrada. O menino o seguia e quando colocou os olhos no poço todo o seu pensamento se virou só para ali. O cão, como sempre, não perdeu tempo e foi logo se banhar. O menino ficou em pé à beira do poço, só olhando como Hermes estava satisfeito como se tivesse achado o que ele tanto queria…