Minha ansiedade é palpável
A sinto na nuca caminhando
Apalpando a minha alma
Corroendo
Um frio constante na barriga
Um gelo na espinha
Sensação eterna de:
“O que vim mesmo fazer aqui?”
A ansiedade me deixa na garganta
Um nó
Regado a doses de euforia
E medo
Sobretudo medos irreais
Expectativas banais
Padrões inalcançáveis
Comparações frívolas
Já não há liberdade
Só uma dor lancinante
Minutos de desespero
Ausência de sono
COSTA, Dayane Tosta. Nua e outros poemas. Vecchio: Salvador, 2019.