Faz-se manhã extraordinariamente bela
Na bela São Salvador, o sol pujante desperta
Em céu de festa enfeitado, revelado em aquarela,
Naquela velha cidade, naquela cidade tão bela,
Tão fervilhante de gentes, que descem e sobem ladeiras,
Em singular convivência do passado com o presente.
Gentes de todas as graças, gentes de todas as cores,
Gentes de tantos credos, gentes de tantas raças.
Gentes de mis amores, Gente que vem e passa
Gente que ri e cora, gente que chega e parte,
Gente que sonha e chora, no alvedrio da tarde,
Gentes de todas as gentes, gente de tanta gente,
Gente de toda parte, Gente de cá e de lá,
Gente de todo Orixá, Orixás de tantas gentes
Porque todas essas gentes também
têm seus Orixás,
Unos Neles nós estamos.
Maravilha das Maravilhas!
Nesse caldeirão de gente,
Tão diversos e tão semelhantes
o que importa é o ser gente.
E na brisa que o calor ameniza,
É gente de todo o mundo,
É gente do mundo todo,
É todo um mundo de gente!
Bahia cosmopolita,
Tão fervilhante de gentes,
Que descem e sobem ladeiras
Em singular convivência
Do passado com o presente.