Roseira abriu-se em mulher…
mulher errou de caminho,
e o caminho da “desamada”
é o grande amor a lhe surrar rumo à madrugada.
Deixava a porta encostar;
lavava as mágoas com água,
e a tristeza nunca enxaguava…
pelo nome do bem querer, mal queria nada.
Mas seu nego despertou, deu-lhe um beijo na testa.
A roseira roseou e a preta não quis festa…
Regava um estio pra colher…
colhia mais que plantava…
no plantio de cana amarga,
que amargava o seu langor quando o sol raiava…
De que valerá o arrebol,
de que servirá ser alada
se a inocência lhe fez culpada
qual rosa que despetalou
pra ser ofertada.
Nunca mais nego voltou
pros olhinhos da preta.
Foi a preta que cegou ou a porta é que é estreita…
Esqueceu… preta esqueceu…
preta virou breu… ao morro acendeu…