Cantemos as mulheres
que trazem na noite
o aroma do sexo
e uma tristeza que habita a lua.
São elas fidalgas
que guardam o pecado
por trás dos vestidos
envelhecidos na memória.
Cantemos suas tramas
que se findam nas camas
numa réstia de madrugada.
Lá vão elas, meninas meigas
carregando em seus corpos
a lucidez dos deuses
que as amam.