Vagos notívagos vagam
manchando a paisagem
da noite escura
O que estão à procura,
a cura da mente obscura?
A secura na boca é sede
De quê? Não sabem mais
eles falam, mas não escutam
e divagam nos versos
perversos daquela hora sombria
o reverso do dia
Sonâmbulos não repousam…
nas sombras pousam
as mariposas perdidas
esposas da melancolia
com sua falsa alegria
O fogo acende o cigarro
desafogo da vida vazia e vadia
A fumaça sobe
espectadora dos espectros noturnos
Especulo sozinha
diante da expectativa
absurda dos descaminhos
Hão de se encontrar
consigo mesmo
em algum amanhecer?