este meu rap no fundo é um soneto
como este agora é branco e também preto
yin e yang sou tudo e também nada,
navego canoa embriagada.
este soneto no fundo é um rap
não há conceitos, só um grande gap
vou escrevendo meus dias no ar
construindo andaimes sobre o mar.
sigo amassando a maçã dessa Eva
apodrecida, que quase me leva
minhas liberdades, as arredias.
minha linguagem não instrumental
é sim meu instrumento musical.
esta é minha colheita desses dias