o ambiente em que estávamos
era sempre
úmido
por conta de planos que se derretiam
pingos de suor de cansaço que escorriam
por todos os poros
e lágrimas
inevitáveis
líquidos mal cheirosos que entravam ebulição
e depois choviam do teto
gotas que nos molhavam a pele e a roupa
até o momento em que percebíamos
que não havia
nada de acolhedor
por ali
e que o melhor seria fugir de nós mesmos
e de todo aquele nada
que construímos.