Qual visita sanitária, amor,
tu me chegaste
e colocaste veneno em quanto havia
de água empoçada, sob flores.
À tua presença, amor,
a teu gesto carinhoso e profilático,
uma lacraia fugiu
do lúgubre refúgio de um caqueiro.
E tanto menti, dizendo
que não estava, que tinha
pressa pressa e não podia
atender, que
até que atendi: até que a moça
entrou, apresentou-se
e já sem pedir licença
foi marcando, ao sair
− e qual cicatriz de doença –
aquele x na minha porta.