a cidade é um corpo submerso
a cidade me recebe os pés
em seu chão
movediço
e eu
caminho no vento salgado
venho de outra margem
remante
aporto a bagagem
desfaço a mala,
voltarei levando outra casa nas costas
outro corpo na alma.
a cidade é um corpo submerso
n a u fragada
andar i l h a
eu caminho esvoaçante
no lombo da cidade,
tenho morado nas páginas
de um livro mutante
(Publicado na revista Organismo nº 4, organização de Nívia Vasconcelos e
João Filho. ISSN 2447-4088)