À Iya Mi Ominrilê
A primeira vez que vi a lua
havia um risco entre as estrelas
e uma poesia incandescente
galopando em meu peito.
A primeira vez que o mar
esticou meus olhos para longe
da margem esquerda de meu destino
floresceu um Messias no jardim de meus quintais.
Na primeira vez, havia cinzas
das páginas derradeiras do medo.
Na segunda, a lua ensolarava
o silêncio do universo.
Na terceira, o mar batizava
nossos passos para o infinito.
Desde então, navego habitado
por espelhos e pedras polidas
de onde avistamos
o vazio.