É uma cordelista feminista brasileira. Atualmente trabalha como professora do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Durante anos foi professora do Curso de Direito da Universidade Regional do Cariri-URCA, sediada no sul do Ceará, onde por mais de uma década, também foi advogada de mulheres e homossexuais vítima de violência, tendo inclusive, peticionado em formato de cordel. É membro-fundadora da Sociedade dos Cordelistas Mauditos (sic) – um importante movimento de jovens poetas, cantadores e performers fundado no ano 2000 em Juazeiro do Norte. Em março de 2014, Salete Maria completou “20 anos de cordelírio feminista e libertário”. Nessa trajetória, teve cordéis premiados pela Fundação Cultural do Estado da Bahia – FUNCEB, recitados pela atriz Deth Haak, musicados pela cantora Socorro Lira, citados pelo jornalista Arnaldo Jabor, encomendados pelos cineastas Vagner Almeida e Orlando Pereira e referenciados por diversos pesquisadores e amantes da literatura popular e da cultura oral, deste e de outros países. Seu trabalho é utilizado em cursos, palestras, debates e também tem sido objeto de dissertações e teses de doutorado. Suas temáticas são múltiplas, mas com ênfase nas questões de gênero, feminismo, direitos humanos e outros assuntos marginais e periféricos. Transita entre diversas linguagens, opera com signos variados e apresenta uma rima inventiva, irônica, dramático-cômica e, sobretudo, política e intertextual. Salete Maria – que aprendeu a fazer cordel com uma avó cega e analfabeta – fez uma grande revolução na literatura de cordel, sendo a maior referência feminina neste campo, ao qual se dedica de corpo e alma.