Deslizo minha língua sobre as letras do teu nome
Tua leitura em braile decifra meus mistérios.
Entre sussurros, misturamos nossos perfumes
Sob os olhares de Afrodite e Eros!
Cavalgamos nas correntezas de nossos desejos,
Em febres que despem nossas tecituras,
Mimetizadas no desabrochar das bocas sem freios
De corpos que dançam no jardim de versos!
Bebemos o vento incerto que arrepia nossas almas
Doce brisa que evapora nossa ansiedade
Enlaçados na chama que jorra silêncios.
Faltam palavras, sobram gemidos…
Na cadência de mãos, bocas, suspiros
Das trilhas que percorremos sobre nossos mapas infinitos!