Quantas luas
e cotovias
se espraiam no céu
enquanto nos pés o canto
guerreiro
convoca o clã para o conselho final?
Quantas veredas, flechas, cocares
se perdem nestas noites caboclas?
Quantas tribos habitam estes campos
onde meu peito arquejante e mudo
descansa seu espírito
indomável
selvagem
e tresloucado,
para ruminar as eternas solidões
destas noites impúberes?