A liberdade do crepúsculo tremula. Escuto o alarido dos pássaros do Sertão.
Debruço-me no ninho do Cosmo. Minhas mãos trabalham no vazio.
Minhas mãos trabalham na imensidão. Longa batalha em busca da beleza.
Da boca dos pássaros, os violões do Sol. Rezo benditos e grito os nomes da Terra.
Contemplo a mansidão do silêncio que voa. As minhas sandálias são feitas de aurora.
De meus dedos esplendem labirintos. Meu caminho é o strip-tease da solidão.
Pedra Só (2012)